Non si sevizia un paperino é um "giallo" de 1972 dirigido por Lucio Fulci, que retornava ao gênero desde que dirigiu "Una sull'altra (1969)" e "Una lucertola con la pelle di donna (1971)". Fulci já disse em inúmeras entrevistas que esse é o seu favorito dentre todos que ele já dirigiu. Foi escrito por ele em parceria com Roberto Gianviti e Gianfranco Clerici. O roteiro é levemente inspirado em um fato real que ocorreu em Bitonto em 1971, onde houve uma série de assassinatos de crianças. Por causa do polêmico roteiro, recebeu duras críticas da Igreja Católica, e foi colocado na "lista negra" sendo lançado em poucos cinemas na Europa e nunca passou nos Estados Unidos.
Somente em 2000, a Anchor Bay conseguiu os direitos e lançou em DVD nos USA. Na época foi vetado para menores de 18 anos, por causa das cenas de violência e principalmente na cena em que a atriz Barbara Bouchet (no auge de sua beleza) aparece nua na frente de uma "criança" (por causa disso, o filme quase não foi lançado por problemas com a justiça, ). Por isso, Fulci teve que explicar para as autoridades como a sequência havia sido feita, que a tal criança na verdade foi substituída pelo anão Domenico Semeraro, que era amigo de Edmondo Amati, produtor do longa. Ainda conta com a atriz brasileira Florinda Bolkan (em uma grande performance), que participou de outro filme do mestre: "Una lucertola con la pelle di donna". O Título do filme também foi motivo de polêmica que inicialmente era "Non si sevizia paperino", na época a Disney se mostrou insatisfeita com a escolha por usar uma leve referência ao Pato Donald, com isso os produtores tiveram que fazer uma pequena modificação inserindo o ""un". Na parte de efeitos, foi creditado erroneamente o nome de Giannetto De Rossi, quando o responsável foi Carlo Rambaldi. É considerado uma peça fundamental nos giallos italianos. Non si sevizia un paperino é uma ópera fundamental na carreira de Lucio Fulci onde atingiu o ápice de sua criatividade, por vários motivos: demonstra bem o mecanismo do suspense, com uma atmosfera até então inédita no cinema italiano, com um perfeito equilíbrio entre os elementos narrativos e cinematográficos aliado a uma fina temática convincente com sensualidade (e assassinato) de menores, repressão religiosa, pecado e violência dos mais variados e outros "aperitivos" indigestos. Demonstra bem a visão dos giallos de Fulci, com identidade própria e se distanciando completamente dos produzidos por Dario Argento. Indispensável para os fãs de giallos e para quem ainda tem dúvida do talento de Fulci como diretor. Mais um filme para a Sessão de Raros e Exclusivos da lista Hell Business com legendas em Português-BR.
Screen Shots:
Título Original: Non si sevizia un paperino aka Don't Torture a Duckling (1972)
Cor: Colorido
Região do DVD: Todas
Legenda: Português
Idiomas / Sistema de Som:
Inglês - Dolby Digital 2.0
Formatos de Tela: Widescreen
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